sexta-feira, março 31, 2006

Digo-te...

Digo-te o que vejo, o que sinto.
Digo-te que não quero mais. Que não quero mais este frio, este desconforto de te não ver.
Digo-te que choro.
Digo-te que sorrio.
Digo-te o avesso do que quero dizer e desminto-me.
Digo-te que me dói, que me fere...
Digo-te que vamos ser felizes para sempre mas não acredito na eternidade.
Digo-te que não te quero e solto a gargalhada.
Digo-te que não quero mais. Que tudo vai mudar.
Digo-te os escritos da minha alma e apago tudo.
Digo-te a mentira que sonhas-te ontem para se tornar na tua verdade hoje.
Digo-te no meu olhar...
Digo-te no meu toque...
Digo que te amo.
Digo tudo isto e
Digo-o outra e mais uma vez

Mas tudo o que digo são apenas palavras ao acaso.

Alexandra Natálio

5 comentários:

Anónimo disse...

Xana, Obrigado pela surpresa...

Gostei muito!!!

Anónimo disse...

O poema e lindo mas um pouco triste. Tristeza não pagam dívidas.
Tens um jeito especial para escolher os poemas... :)

Anónimo disse...

Vêm-me à lembrança momentos...
que outrora foram rebentos da minha infância perdida.
Não mais poderei viver...tudo o que vivi então,
embora possa escrever o que me ficou no coração.
A chuva que vi chover, não mais tornará a cair e a inocência perdida...não mais poderei sentir!
A vida escapa-se de uma mão, mesmo que esteja fechada e a vida passa por nós, mesmo sem dar-mos por nada...
E ainda chegará o tempo, em que olhamos para trás, das muralhas destruidas e veremos lá atrás a infância e em frente a nossa vida que um dia também se irá, chocar com a tradição...de nascer para morrer mesmo com ilusão!

Anónimo disse...

Bonitas palavras ao acaso * * *

Anónimo disse...

As palavras ditas ao acaso são normalmente, sempre as melhores porque são sentidas por quem as diz e chegam mais facilmente ao coração de quem as ouve.