segunda-feira, junho 05, 2006

Perceber as causas do suicídio!!


Julgar se a vida merece ou não ser vivida é algo muito controverso, desde que o homem questiona a a sua existência e o sentido. A revolta é um sentimento sempre presente e que move o homem na sua luta diária pela vida. Se bem se lembram Galileu, mostrou-nos que a vida deve ser ponderada e a nossa existência tem sempre valor e sentido. Galileu ao tomar a decisão de ir contra as suas teorias permitiu ficar no lado da vida e rejeitar o suicídio. Pelo que por vezes as respostas às nossas dúvidas estão nas consequências dos nossos actos, só eles vão determinar qual a dimensão da nossa vontade de viver e lutar e revoltar-se contra as situações que o atormentam.

O suicídio não é um acto resultante de uma intensa reflexão, mas sim de um momento (um acto de extrema coragem), como se algo tivesse despoletado no homem a tomada de determinada atitude. Mas certamente apenas ele pode ser responsável pelo seu acto e não a situação que o provocou.

Quando o homem decide por termo à sua vida, ele está a afirmar que a sua existência não tem sentido e que afinal já não há mais nada para lutar, já nada o prende à vida. Cansou-se de se revoltar, de ter as suas rotinas e os seus hábitos, prefere assim morrer voluntariamente, porque não consegue ter a responsabilidade de assumir a sua existência.
Não podemos por isso aceitar que o suicídio seja aceitável nem resposta para as dúvidas sobre a nossa existência, o homem só as vai conseguir encontrar se continuar a viver e a lutar e procurar essas mesmas respostas.

De certa forma todas as causas, ou explicações que se tentem encontrar para justificar o encontro antecipado com a morte são incoerentes, podem ser válidas mas são inúteis. Nada justifica por termo à nossa vida.

A vida só por si é justificação para ser vivida, o homem é um ser que só por existir tem que dar sentido à sua existência.

O HOMEM deve-se revoltar, deve percorrer todos os caminhos que lhe surgem durante o seu percurso, porque só assim, ele vai dar um relativo sentido à sua existência.

14 comentários:

Anónimo disse...

espero nunca chegar a um ponto em que ponha a minha própria vida em questão, mas acho que não é solução ou saída para os problemas...

beijokas

Anónimo disse...

já fiz um comentário que não aparece!

Anónimo disse...

Quem pode julgar alguém? Umas vezes pode ser um acto de coragem ,outras de cobardia. Nunca o saberemos.

Anónimo disse...

Suicidio. Descrevo-o como um acto de coragem.
Falo porque já lá tive e NINGUÉM está livre de o tentar um dia.
Ninguém tem o direito de julgar quem o faz com comentarios desnecessários "não liguem" ou "é só para chamar a atenção" porque o sentimento que acompanha uma pessoa que tenta ou comete suicídio é um sentimento sombrio, negro e indescritivel: sentimo-nos no fundo de um poço onde não ha luz nem forma de escapar.
Acredito que a vida deva ser vivida mas naquelemomento não se pensa nisso: só se pensa em cortar o mal pela raiz.
Por vezes, uma palavra amiga ajuda a ultrapassar as coisas. Se alguém ouvir e deixar a pessoa chorar pode ser que uma vida seja salva e essa vida mude.
Para mim, a chave está em não julgar ninguém!!! Tentem ajudar, tentem perceber, tentem dar um ombro amigo para chorar. Faz toda a diferença

Anónimo disse...

Eu acredito que quem comete suicidio se arrepende num determinado momento... mas alguns já estão no ponto sem retorno.
Mas outros, como eu, conseguem perceber que não é a solução. Não estou livre de voltar a tentar porque batalho com essa ideia todos os dias, mas ja tenho razões para não o fazer. Não as tinha no passado.

Anónimo disse...

concordo plenamente com o (ninguem)....

Anónimo disse...

concordo com o ultimo paragrafo que citou "Pensamentos Dificeis",quem pensa em suicidar-se,acho que esta pessoa tem varios motivos para o fazer.E um dos muintos motivos para esta causa,e a depressao,mas existem muintos outros, como Dividas,solidao,Decepcao e tantos outros.
Eu acho que nenhum ser humano tem o direito de julgar,ou tirar sua propria vida e a de outrem.
"DEUS ESTA DE OLHOS BEM ABERTO"

Anónimo disse...

pensamentos dificeis,rejevo-me por completo na sua intervenção pois encontre-me por várias vezes em encruzilhadas que se envolvem numa depressão profunda e que ninguem entendo e que nem eu consigo encontrar forma de exprimir.

e aqui procuro encontrar algo que me de força,e por mais que procure não encontro...no entanto trabalho e tenho uma vida normal mas ...a cabeça o que nela se revolve ...

bemn como disse não me consigo exprimir mas gostei de o ler...pensamentos dificeis é isso mesmo---ena falta do ombro é dificil...

Anónimo disse...

É um caminho, não se trata de solução ou não. Quem se suicida não tem muitas hipoteses, por esse motivo é que é um percurso, deixa apartir de certa altura haver retorno. Se a vida me roubasse tudo , eu acabaria por me suicidar.
É tudo muito bonito dizer que a vida deve ser defendida...mas é ridiculo.
Se eu ficasse paralítico, a minha mulher morresse e a minha casa fosse penhorada, sei bem o que faria e qualquer um de voces o faria.
Se não há condições para se viver em dignidade mais vale nem viver, não é por acaso que se pratica a eutanasia...
Por isso não me venham com tretas moralistas...
E eu quero lá saber o que Deus pensa, é o menor dos males.Fez-se e faz-se coisas bem piores em nome de Deus.

Anónimo disse...

subescrevo inteiramente o que disse pensamentos dificeis, só acrescento qeu além de ser um acto de coragem não deixa de ser tambem de cobardia. sempre vivi no fundo do meu poço, criado por mim e não só, mas continuo a ver a luz lá em cima e sei que lá chegarei mas por vezes é muito dificil, e há momemtos que apetece disistir, a escalada é dura. DEUS é grande

Anónimo disse...

gostava de trocar idéias com pensamentos dificeis

Brincando de Avental disse...

Anónimo,

Por favor envie-me um e-mail, só assim poderei coloca-lo em contcto com "pensamentos dificeis"

anatalio@gmail.com


Ana

Anónimo disse...

Será que todo aquele que põe a hipótese de suicídio tem que ser considerado louco, depressivo ou então estar a passar uma fase complicada da sua vida?
E, não querer viver porque não se enquadra no tipologia de vida que de algum modo somos obrigados a viver? Será que optar por isolar-se da comunidade também não é uma forma de suicídio? Expliquem-me porque é indigno todo o ser humano que quer deixar este mundo onde foi obrigado a estar presente? O respeito pela vida é o mais importante? Mas com quantas situações nos deparamos diariamente em que o desrespeito por uma vida condigna se repete... e cada um de nós nada, ou muito pouco pode fazer, desde logo porque seria intrometer-se em algo que nos ultrapassa, correndo o risco da censura por abelhudice...
Tenho filhos que indiscutivelmente adoro. Debato-me com dúvidas sobre a adequação da educação e formação que lhes tento transmitir. Ainda mais me assusta se o meu desfazamento com aquilo que é socialmente (in)correcto de alguma forma pode induzi-los numa forma de ser ou estar menos própria.
Há muitos anos que me debate com estes problemas, com a forma fútil e prepotente com que muitas pessoas vivem. Concerteza, isso não seria da minha conta se eu não fosse obrigada a deparar-me com essas pessoas diariamente. E, se consigo evitar, com alguma destreza, que essas consequências me "toquem", o mesmo já não consigo fazer quando presencio o que elas causam nos outros.
Quem não sabe que somos todos iguais? Mas também quem não vê diariamente pessoas a serem seriamente prejudicadas naquilo a que, pretensamente, temos mais direito, a dignidade...
Agora o "correcto" é educarmos filhos que se saibam desenrascar, independentemente dos meios que utilizem... criticarmos quem não cumpre as obrigações, mas fazermos parte dessa classe. Ainda bem que o ser humano conseguem arquitectar fundamentos para todas as "menos boas coisa" que fazem... "fui atendida primeiro, mas o meu assunto era urgente!" Não declarei ao fisco, mas este também já me roubou muito!" Consegui ludibriar o seguro, mas eles são uns vigaristas!" Não cumpro com as minhas obrigações como professora, mas os alunos são uns insolentes e, então a ministra, nem se fala!" E, se tal não fosse cansativo, quantas mais situações poderia ser exemplificadas. Mas afinal, quem é oportunista? quem é ladrão? quem é vigarista? quem é incompetente e falsário? Não tenho dúvidas que são sempre os outros, aqueles que não sofrem de qualquer perturbação mental nem estão cansados de viver.
Eu, cá por mim, estou muito cansada e apenas me falta mais alguma coragem para acabar com este cansaço. Certamente que o meu problema, aos olhos de um técnico de saúde, será rotulado de um qualquer tipo de desequilibrio psíquico.
E, aos olhos de outros, o que serei? Fraca, que recorre ao meio que se aparenta mais fácil(?). Fácil, é desrespeitar e humilhar os outros, aqueles sobre os quais tenos alguma ascendência. Fácil, é ludibriar os outros e sentirmos que somos mais espertos.
Para finalizar algo que já vai longo, mas longo é ainda o que teria para dizer, apenas queria referir que felizmente não tenho os problemas que os Doutores entendidos atribuem a quem já não apetece viver: não tenho dificuldades económicas, não tenho carências afectivas (filhos, marido, mãe...), desenvolvo um trabalho que é do meu inteiro agrado, não me desagrada o meu aspecto, não sofri ou estou a sofrer nenhum revês recente...
De uma coisa estou certa, e essa não é recente, é que esta minha sensação já é muito antiga...
Para que saibam também, não me sinto nada perfeitinha, tenho bem consciência dos minhas características e dos meus defeitos, que me fazem sofre e que tento combater!
É evidente que o ser humano, como tal não é perfeito e como tal comete erros, o problema é que o faz com demasiada frequência e gravidade...

Brincando de Avental disse...

parabéns pela frontalidade!!

Se possível envie-me um email.

anatalio@gmail.com