quarta-feira, junho 28, 2006

Hoje estou assim



Saudades das coisas simples..

daquelas que me fazem sorrir
daquelas que me dão alegria

das flores.. da chuva no rosto
da areia.. do cheiro da terra

Saudades de um dia calmo..
do fim do dia... do nascer do sol!!

segunda-feira, junho 19, 2006

Acorda-me...


Acorda-me devagarinho
com um beijo.. uma flor.
envolve-me com as tuas palavras,
com as tuas carícias...

Desperta-me do sonho e
faz-me voltar a sonhar...
mostra-me o azul,
mostra-me o infinito.

Indica-me o caminho até ti
deixa-me ver as estrelas
a lua... o céu,
deixa-me ver para além do céu...

Acorda-me assim!!

segunda-feira, junho 12, 2006

enquanto fecho os olhos



De olhos fechados imagino um mundo todo pintado de azul, de todos os tons de azuis que possas imaginar, suaves, doces, meigos, daqueles tons que perduram no nosso olhar!

Sem mais nada perco-me no silêncio da tua voz, como se de uma terapia se tratasse, o meu corpo revitaliza-se com uma energia única transmitida do teu recanto mais profundo. As tuas palavras cheias de sabedoria saciam a minha fome e clarificam as minhas dúvidas, que consecutivamente vagueiam pela minha mente…

De olhos fechados sinto uma calma imensa, imensurável, que me faz acreditar que afinal o mundo é feito de azuis de mil tons!!!

segunda-feira, junho 05, 2006

Perceber as causas do suicídio!!


Julgar se a vida merece ou não ser vivida é algo muito controverso, desde que o homem questiona a a sua existência e o sentido. A revolta é um sentimento sempre presente e que move o homem na sua luta diária pela vida. Se bem se lembram Galileu, mostrou-nos que a vida deve ser ponderada e a nossa existência tem sempre valor e sentido. Galileu ao tomar a decisão de ir contra as suas teorias permitiu ficar no lado da vida e rejeitar o suicídio. Pelo que por vezes as respostas às nossas dúvidas estão nas consequências dos nossos actos, só eles vão determinar qual a dimensão da nossa vontade de viver e lutar e revoltar-se contra as situações que o atormentam.

O suicídio não é um acto resultante de uma intensa reflexão, mas sim de um momento (um acto de extrema coragem), como se algo tivesse despoletado no homem a tomada de determinada atitude. Mas certamente apenas ele pode ser responsável pelo seu acto e não a situação que o provocou.

Quando o homem decide por termo à sua vida, ele está a afirmar que a sua existência não tem sentido e que afinal já não há mais nada para lutar, já nada o prende à vida. Cansou-se de se revoltar, de ter as suas rotinas e os seus hábitos, prefere assim morrer voluntariamente, porque não consegue ter a responsabilidade de assumir a sua existência.
Não podemos por isso aceitar que o suicídio seja aceitável nem resposta para as dúvidas sobre a nossa existência, o homem só as vai conseguir encontrar se continuar a viver e a lutar e procurar essas mesmas respostas.

De certa forma todas as causas, ou explicações que se tentem encontrar para justificar o encontro antecipado com a morte são incoerentes, podem ser válidas mas são inúteis. Nada justifica por termo à nossa vida.

A vida só por si é justificação para ser vivida, o homem é um ser que só por existir tem que dar sentido à sua existência.

O HOMEM deve-se revoltar, deve percorrer todos os caminhos que lhe surgem durante o seu percurso, porque só assim, ele vai dar um relativo sentido à sua existência.